quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Ao MESTRE com Carinho

Hoje, dia 02 de setembro foi um dia de carinho. De querer escrever esse texto em homenagem a um mestre. Mesmo que ainda não seja de fato, já o é de direito. Esse mestre que ensaia sua nova entrada no mundo mágico e poético da academia dos grandes e eternos mestres e doutores, é meu amado filho. Aos 22 anos, foi aprovado para o mestrado em Antropologia do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Hoje meu dia se encheu de luz e recompensas. Hoje minha vida fez mais sentido. Hoje tive vontade de GRITAR. Por isso estou "gritando" agora nesse texto dedicado ao meu mestre com todo meu carinho.

Devemos sim aprender com os nossos filhos, com o nosso legado, com as novas e maravilhosas gerações. Meus filhos me ensinam, me alimentam, me orgulham, me engrandecem. Não pela sensação do tal "dever cumprido", pois esse "dever" serve para os pais "culpados". Apesar de por vezes me pegar dizendo essa loucura (o dever cumprido), acredito que não é dever, é AMOR. E amor não deve nem cobra. Amor é. Simplesmente é. Nessa toada doce e reconfortante do maior amor do mundo, hoje dia 02 de setembro meu filho foi o filho mais amado. Hoje; e digo, só por hoje, me senti um pai melhor. Essa expressão ecoa em meu coração e na minha alma como o aprendizado dos irmãos do vício que na força da consciência esperam o dia acabar para agradecer pela abstinência. Pois hoje só por hoje me senti um pai melhor. Um pai aprendiz. Esse exercício maravilhoso de ser pai, deve ser tragado e vivido um dia de cada vez.

Vi durante o tempo que antecedeu às provas, meu filho se colocar a seu próprio favor numa disciplina - que só os plenos de si são capazes de realizar - memorável, delicada, tranquila e certeira. Passar no mestrado do Museu Nacional era seu objetivo e com toda calma e segurança, foi assim buscá-lo e o encontrou. Vejo no meu maravilhoso trabalho de hoje, tantos profissionais com muito medo do resultado, com temor ao risco e mais do que tudo, sem enxergarem o seu próprio poder. Pois meu filho se "empoderou" com toda humildade e lutou muito para conseguir. Por vezes não conseguimos, por vezes conseguimos. Tarefa árdua essa a da dúvida do final. O "não saber" no que vai dar. Tarefa reconfortante essa da confiança em nós mesmos e na nossa capacidade de buscar o resultado; e com toda a nossa energia, exercer dignamente o nosso MELHOR.

Hoje aprendi mais um pouco com mais um mestre que entra na minha vida. E digo que estou aprendendo com meu outro mestre que postula a vaga de universitário. Meu outro mestre, meu outro Amor. Para esse dedicarei muitas linhas no ano próximo. Para esse curvo-me de inspiração por ver a luta diária pelo "seu lugar". Nossa luta pelo nosso "lugar". Todos os dias lutamos por isso. Pelo nosso "lugar". Acredito que meus filhos entenderam que quando vieram para esse mundo, deixaram o melhor lugar que a vida pode ter lhes proporcionado. Alguns por 9 meses, outros por menos...Mas é um lugar. Aliás, o único nosso lugar. Os outros lugarem são passageiros demais. E como são...
Então agora um dos meus mestres terá um novo lugar. E eu estarei pronto para acompanhá-lo em mais uma jornada de encontros, em mais uma estrada de descobertas, em mais um privilégio da existência. Estarei pronto para aprender ainda mais. para ouvir ainda mais a cada dia e para assim, ter a certeza do AMOR em cumprimento. Em andamento, em exercício. Esse amor que não acaba. Esse amor que não pára. Esse amor que me faz ser melhor e maior a cada dia.

Obrigado filho pela luz que você colocou dentro de mim. Hoje, só por hoje te agradeço e te dedico esse texto, meu amado mestre. Com todo meu carinho.

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